Completando 30 anos de existência, desde a sua “primeira versão”, desenvolvida em 1994 por Rasmus Lerdorf, e com o objetivo inicial de ser apenas um “kit de ferramentas” para a criação de Personal Home Page’s (nome de batismo da linguagem), o PHP é considerado por muitos como uma linguagem problemática, com problemas relacionados a questões de baixa performance e segurança, por exemplo.
Assim, dada a possibilidade de se trabalhar com outras linguagens menos problemáticas e com melhor desempenho, o PHP acabou ficando de lado por muitos desenvolvedores ao longo dos anos, principalmente, devido às suas conturbadas versões da família 5.0. Por outro lado, isso acabou dando lugar de protagonismo a outra linguagem, o JavaScript, que hoje se tornou a “stack queridinha” da comunidade de desenvolvimento web.
Contudo, o que muitos não te contam é que o PHP não é a mesma tecnologia de 1994, e que também não é a mesma linguagem de 2004, ano de lançamento da sua tão má falada versão 5.0. Isso porque desde 2015 quando foi lançada a sua versão 7, o PHP teve uma evolução absurda. E sabe qual é o melhor? Já estamos na versão 8!
Desde a chegada da versão 7, o PHP começou a mudar de forma significativa. A partir daí, não só os problemas de desempenho foram endereçados, como também melhorias na segurança e sintaxe foram introduzidas, tornando a linguagem muito mais robusta e eficiente. Com a versão 7, o PHP trouxe recursos como o ‘engine’ Zend atualizado, que permitiu um aumento substancial na velocidade de execução dos scripts, além de menor consumo de memória. Isso fez com que a linguagem passasse a competir de igual para igual com outras stacks populares, como Node.js.
Outro ponto que merece destaque é que o PHP, diferentemente de muitas outras linguagens, é amplamente suportado e utilizado em grandes plataformas. Só para citar alguns exemplos, o WordPress, maior CMS do mundo, utiliza PHP como base; o Facebook, em seus primeiros anos, também foi desenvolvido em PHP, antes de criar o HHVM; e até o Laravel, um dos frameworks PHP mais populares, trouxe uma abordagem moderna ao desenvolvimento web, com uma sintaxe elegante e funcionalidades que tornaram o PHP uma escolha atrativa novamente.
É importante também reconhecer o impacto da versão 8.0, que trouxe recursos de tipagem estática opcional, atributos e outras melhorias significativas que aproximam o PHP de linguagens modernas, tanto em termos de segurança quanto de produtividade. Isso mostra que, embora o PHP tenha uma história cheia de altos e baixos, ele se manteve relevante por meio de adaptações constantes às demandas do mercado e da comunidade.
Portanto, a resposta à pergunta ‘o PHP morreu?’ é um sonoro ‘não’. Embora muitos desenvolvedores possam ter migrado para outras tecnologias, o PHP continua a ser uma linguagem poderosa, confiável e extremamente popular, especialmente para quem busca soluções ágeis no desenvolvimento web. A combinação de suporte contínuo, evolução da linguagem e uma comunidade forte faz do PHP uma escolha segura e moderna para novos projetos.
